Oposição parlamentar contra proposta de lei do registo eleitoral
Os
partidos políticos angolanos da oposição parlamentar contestaram hoje
(quinta-feira), em Luanda, a proposta de lei do registo eleitoral,
aprovada na generalidade a 29 de Janeiro último.
Representantes
dos prtidos Unita, Casa-CE, PRS e FNLA na Assembleia Nacional
apresentaram, em conferência de imprensa, uma Declaração Política na
qual manifestam preocupação quanto à proposta de lei.
O
parlamento angolano aprovou, a 29 de Janeiro, a referida proposta de lei
com 136 votos a favor, 35 contra e nenhuma abstenção, durante a IV
reunião plenária, da III Sessão Legislativa, da III Legislatura da
Assembleia Nacional (AN).
A
Declaração Política da oposição foi subscrita por Raul Danda (Unita),
André Mendes de Carvalho (Casa-CE), Benedito Daniel (PRS) e Lucas Ngonda
(FNLA).
Perante
ao que consideram “flagrantes e condenáveis violações à Constituição e à
Lei”, os representantes das forças políticas na oposição parlamentar
propõem que os diferendos em matéria eleitoral sejam tratados na base de
“consensos”, em nome da estabilidade.
A
proposta de Lei aprovada no parlamento estabelece princípios e regras
fundamentais relativos ao recenseamento dos cidadãos angolanos maiores
de 18 anos.
A
capacidade eleitoral desses cidadãos se rege pelos princípios da
universalidade, permanência e actualidade, oficiosidade e
obrigatoriedade, unicidade e inscrição única, assim como transparência e
imparcialidade.
Relativamente
à oficiosidade e obrigatoriedade, a proposta de lei prevê que o
recenseamento dos cidadãos é oficioso, tendo os cidadãos angolanos
maiores de 18 anos o direito de estar inscritos na Base de Dados dos
Cidadãos Maiores.
A
inscrição oficiosa é feita a partir da Base de Dados do Bilhete de
Identidade e, para aqueles que não disponham deste documento, deverão
promover o seu registo eleitoral presencial, cujo modelo de
recenseamento ainda está em vigor no país.
0 comentários:
Postar um comentário