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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Enviar dinheiro para fora de Angola tornou-se missão quase impossível

A queda da cotação do petróleo está a diminuir a entrada de divisas em Angola


O envio de dinheiro para fora de Angola, através das empresas especializadas no sector, tornou-se numa missão praticamente impossível nos últimos dias devido à escassez de divisas no país, conforme a Lusa constatou nesta terça-feira em diversos balcões em Luanda.
Em representações da empresa MoneyGram que operam em bancos comerciais, consultadas hoje pela Lusa na capital angolana, o movimento é inexistente. Algo que os funcionários justificam rapidamente: “Começámos a deixar de aceitar [dinheiro para enviar para o exterior] desde Novembro”.
A utilização destes serviços, sobretudo por expatriados, obriga ao pagamento de uma comissão, ao registo dos utilizadores e à apresentação de documentos de identificação, sendo a entrega de dinheiro (na origem) feita na moeda nacional, o kwanza.
A poucos metros, ainda no bairro do Maculusso, no centro de Luanda, cenário idêntico é vivido na representação da Western Union, outra empresa internacional do género.
“Para enviar [remessas], deixámos de o fazer a partir de hoje. Está suspenso por tempo indeterminado”, explicam os funcionários, ao balcão da empresa, igualmente especializada no envio seguro de remessas de dinheiro.
Na origem do problema está a quebra na cotação internacional do barril de petróleo, para metade em cerca de seis meses, que por sua vez fez diminuir drasticamente a entrada de divisas no país.
A situação fez desvalorizar o kwanza, enquanto o câmbio do dólar, no mercado informal, disparou nos últimos meses. Isto porque, em simultâneo, os bancos comerciais, com o acesso a divisas em queda, deixaram de permitir o levantamento imediato de dólares aos balcões, conforme a Lusa noticiou anteriormente. Entre os três maiores operadores especializados presentes na capital angolana, a Real Transfer é a única que ainda aceita realizar transferências para o exterior do país, o que nem por isso torna a situação mais favorável.
Com cerca de meia dúzia de lojas em toda a grande Luanda, às 8h já se formavam filas à porta de cada uma. O processamento dos pedidos para efectuar transferências só começa a partir das 10h, mas pouco depois já nada mais acontece.
“Só temos um plafond de 50.000 kwanzas por dia [430 euros] na agência e que esgota rapidamente. Depois é tentar no dia seguinte”, explica o funcionário.
A situação actual é transversal e afecta igualmente angolanos fora do país, que utilizam cartões associados à rede Visa emitidos em Angola para fazer levantamentos em moeda estrangeira, mas que enfrentam limites ao carregamento dos mesmos. Nos últimos dias, a informação prestada aos clientes, conforme a Lusa confirmou, é de que cada agência autorizada a realizar esse serviço possui um plafond diário que varia conforme as zonas, entre os dois mil e os seis mil dólares (1748 e 5247 euros).
Nessa ordem, cada cliente tem a possibilidade de carregar a respectiva conta com entre 200 e 300 dólares (175 e 262 euros), dependendo da disponibilidade. Como consequência, as agências bancárias estão já a registar forte concentração de pessoas desde as primeiras horas da manhã, na tentativa de conseguirem realizar a operação.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Oposição parlamentar contra proposta de lei do registo eleitoral

Os partidos políticos angolanos da oposição parlamentar contestaram hoje (quinta-feira), em Luanda, a proposta de lei do registo eleitoral, aprovada na generalidade a 29 de Janeiro último. 
Representantes dos prtidos Unita, Casa-CE, PRS e FNLA na Assembleia Nacional  apresentaram, em conferência de imprensa, uma Declaração Política na qual manifestam preocupação quanto à proposta de lei.
O parlamento angolano aprovou, a 29 de Janeiro, a referida proposta de lei com 136 votos a favor, 35 contra e nenhuma abstenção, durante a IV reunião plenária, da III Sessão Legislativa, da III Legislatura da Assembleia Nacional (AN).
A Declaração Política da oposição foi subscrita por Raul Danda (Unita), André Mendes de Carvalho (Casa-CE), Benedito Daniel (PRS) e Lucas Ngonda (FNLA).
Perante ao que consideram “flagrantes e condenáveis violações à Constituição e à Lei”, os representantes das forças políticas na oposição parlamentar propõem que os diferendos em matéria eleitoral sejam tratados na base de “consensos”, em nome da estabilidade.
A proposta de Lei aprovada no parlamento estabelece princípios e regras fundamentais relativos ao recenseamento dos cidadãos angolanos maiores de 18 anos.
A capacidade eleitoral desses cidadãos se rege pelos princípios da universalidade, permanência e actualidade, oficiosidade e obrigatoriedade, unicidade e inscrição única, assim como transparência e imparcialidade.
Relativamente à oficiosidade e obrigatoriedade, a proposta de lei prevê que o recenseamento dos cidadãos é oficioso, tendo os cidadãos angolanos maiores de 18 anos o direito de estar inscritos na Base de Dados dos Cidadãos Maiores.
A inscrição oficiosa é feita a partir da Base de Dados do Bilhete de Identidade e, para aqueles que não disponham deste documento, deverão promover o seu registo eleitoral presencial, cujo modelo de recenseamento ainda está em vigor no país.


Músico Kiaku Kiadaff sonha em conquistar o mercado africano


Mbanza Congo - O músico angolano Kiaku Kiadaff manifestou em Mbanza Congo, província do Zaire, o interesse de continuar a trabalhar para que a sua música atinja o mercado africano e internacional.

O compositor e intérprete manifestou este desejo à agencia de Noticias de Angola na sessão de venda e autógrafo da sua primeira obra discográfica intitulada “ Se Hungwile”, que contém 12 músicas cantadas em Português, Kikongo e uma miscelânea de Francês e Inglês.
“O maior interesse de Kiaku Kiadaff é tornar-se num músico de renome africano, por isso deseja promover o seu trabalho a nível internacional, portanto, é isso que vai continuar a fazer”, enfatizou.
Disse acreditar que este disco terá muita repercussão a nível do país e internacional, revelando que recebeu a dias um emissário do músico do Congo Democrático “ Fally Ipupa”, que veio propositadamente a Angola para adquirir a sua obra discográfica.
Manifestou-se, na ocasião, satisfeito pela presença de muitos fãs que acorreram ao portão do Cine Bula em Mbanza Congo para adquirir o seu disco, onde desde sábado colocou a disposição do público amante da sua música seis mil cópias.
As músicas foram produzidas a base do Kizomba, quilapanga, Semba, Fank com mistura de Jazz e outros, cujas letras retratam os fenómenos sociais, beleza, amor, lições e ensinamentos dos mais-velhos.
Antes de Mbanza Congo, sua terra natal, Kiaku Kiadaff vendeu e autografou também o seu disco no Soyo, na terça-feira.
Fonte: Platinaline

Lesliana Pereira com papel de destaque na próxima Novela da TV GLOBO

   A actriz Lesliana Pereira, encontra-se neste momento no Brasil a gravar cenas do seu personagem Tai, para a próxima novela das 7 da Rede Globo I Love Paraisópolis". 
     A actriz que estreou-se como apresentadora nesta mesma estação com o programa, “Revista África”, contou que apesar de estar cadastrada na emissora como actriz desde 2009, foi o seu papel no filme Njinga Rainha de Angola que ajudou a mostrar o seu desenvolvimento profissional: -“acredito que o papel no filme Njinga Rainha de Angola tenha sido também um mostruário do meu desenvolvimento profissional e sem sombra de dúvida que a postura profissional é uma mais valia, num universo tão vasto de actores que todos os dias dão o seu melhor, são lembrados os que associam talento, profissionalismo e espírito de equipa”, disse a apresentadora e actriz em exclusivo para à Platina.

    Lesliana Pereira que até então habituou os seus fãs à personagens bonzinhos, terá agora o desafio de interpretar uma vilã, numa participação de apenas alguns episódios porém num momento importante para a trama. Durante o processo de gravação a actriz vai dividir-se entre Brasil e EUA, mais precisamente Nova Iorque, onde o seu personagem será desenvolvido.

    Conhecida por ser bastante multifacetada e quiçá uma das jovens mulheres mais ocupadas do showbizz angolano, apesar de estar Actualmente no ar em Angola com a novela Jikulumesso, onde interpreta a jovem Cláudia, segundo Lesliana as gravações do seu personagem para a novela angolana já terminaram há algum tempo.
Lembrando que este não é o primeiro personagem da actriz para a emissora brasileira. Em 2010 a actriz interpretou Fadona, no filme "Xuxa o mistério da feiurinha".


Abertura do site 05/02/15

Dabandinha foi criada pra divulgar as noticias de Angola e nao so do mundo a fora tambem e tambem é um site d intertenimentos

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Gana na final do CAN após jogo da vergonha. Futebol africano ferido de "morte"

        O jogo esteve interrompido durante 40 minutos, depois de confusão na bancadas, com os adeptos da Gana a fugirem para o relvado para se protegerem dos objetos atirados na sua direção.

O Gana está na final do CAN2015. Os "Black Stars" venceram a Guiné Equatorial por 3-0, num jogo que terminou aos 82 minutos. Logo após o 3-0, os adeptos do Gana tiveram de fugir da bancada e invadiram o relvado para se protegerem dos adeptos guineenses. O jogo esteve interrompido durante 40 minutos, até o árbitro Eric Otogo-Castane, do Gabão, dar por terminada a partida. Viveu-se momentos de terror no Estádio de Bata. Um helicóptero sobrevoou as bancadas, tentando acalmar a multidão em fúria, tal como os jogadores da Guiné Equatorial. Tudo em vão. Adeptos do Gana tiveram de ser evacuados.

Confusão à parte, o jogo até foi animado. Teve três golos, muitas oportunidades e um Gana seguro contra uma Guiné Equatorial que passou o jogo todo a pressionar o árbitro, o senhor Eric Otogo-Castane, do Gabão.

Na memória de quem acompanha a prova estava o jogo dos quartos-de-final, em que a Guiné Equatorial venceu a Tunísia por 2-1, após prolongamento. Os guineenses foram bafejados pela "sorte" quando o árbitro das Maurícias, o senhor Rajindraparsad Seechurn, resolveu transformar em penálti uma queda de Ivan na área tunisina aos 90 minutos. Balboa fez o 2-1 no prolongamento, num livre direto, ele que tinha batido o penálti.

Já o Gana não teve muitas dificuldades em derrotar a Guiné Conacri, vencendo por 3-0. Apesar da diferença a nível individual, com vantagem para o Gana, a Guiné Equatorial tentava ainda fazer mais história, já que nunca tinha estado numa meia-final de um CAN. A Nzalang Nacional contava com o apoio do seu fervoroso público para levar de vencida as "Estrelas Negras".

O Gana, sempre melhor em campo, foi criando perigo mas o guarda-redes Ovono ia resolvendo os problemas criados pelos ganeses. Mas aos 42 cometeu um erro ao derrubar Kwessi Appiah na área, após passe de Atsu. Grande penalidade que Jordan Ayew, irmão de André Ayew, converteu com êxito.

Os guineenses ainda tentaram responder até ao intervalo mas descontrolaram-se e foram apanhados desprevenidos. Após canto a favor da Guiné Equatorial, o Gana saiu em contra-ataque de três para dois, conduzido por Atsu. O extremo ex-FC Porto colocou na hora certa em Wakaso Mubarak que recebeu e atirou a contar, aos 45. Um golo que acabou com as aspirações da Nzalang Nacional, único representante dos PALOP em prova, depois da eliminação de Cabo Verde.

Os jogadores do Gana tiveram de ser protegidos pela polícia, com os adeptos guineenses a atirar objetos para a zona de acesso aos balneários.

No segundo tempo houve pouco futebol e muita confusão. Os jogadores da Guiné Equatorial, frustrados, começaram a fazer entradas duras e continuaram na pressão constante sobre o árbitro. O Gana, sem bola, recuava no terreno, cortava os espaços para a sua baliza, roubando espaços para os contra-ataques onde a Guiné Equatorial é muito forte. Sem espaço, os guineenses não conseguiam penetrar na área ganesa.

O Gana ia ameaçando em contra-ataque, com Atsu, Appiah, Wakaso Mubarak e os irmãos Ayew, Jordan e André a darem muito trabalho. Depois de Ovono adiar o golo em vários momentos, o Gana fazer o 3-0 aos 74 minutos. Appiah ganhou a Ovono, meteu na pequena área para o desvio de André Ayew. O jogo acabava aí.

Frustrados por ver a sua equipa a ser goleada, os adeptos da Guiné Equatorial começaram a agredir os do Gana que fugiram para o relvado. O jogo esteve interrompido desde os 82 minutos, foi retomado 40 minutos depois para se jogar... quatro minutos. Já não havia público nas bancadas, para onde foi atirado gás lacrimogêneo pela polícia. Os jornalistas tiveram de abandonar a zona de imprensa e refugiar noutra parte do estádio. A polícia teve de evacuar e conduzir os adeptos do Gana para fora do estádio, garantindo-lhes assim a segurança.

Viveu-se momentos de tensão. Para a memória futura fica mais um episódio lamentável, que mancha e muito o nome do futebol africano. A Guiné Equatorial deverá ser severamente punida. Antes, joga para os terceiro e quarto lugares com a RD Congo no sábado. A final, entre Gana e Costa do Marfim, está marcada para este domingo.
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